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Imunda Realidade



Eu vou beber seu sangue e seu pudor,
Vou tirar os seus medos e suas esperanças,
Vou torná-lo incomum, fera fugitiva;

Irei tirá-lo do esgoto e aprisioná-lo em uma masmorra,
Não permitirei que chore mas o farei gritar,
Irei tatuar o teu corpo com o meu nome e enchê-lo de cicatrizes,
O farei me idolatrar e ao mesmo tempo me odiar!

Somos vermes desprezíves numa dinâmica simbólica,
Somos plebeus num reinado que finge existir lei,
Somos destruídos por nossos próprios semelhantes,
Somos abortados da regra que diz que somos todos iguais!

Somos as fezes entupidas na privada,
A parte menosprezada pela sociedade,
Somos como pulgas perdidas numa toca de cupins,
Somos a parte da corda que mais fácil arrebenta;

Hei, vamos! Esqueça os bons modos!
Ninguém se importa tanto assim com as regras de etiqueta;
Vamos levantar os pedaços das ruínas e construir muralhas,
Vamos invadir os céus e depredar o inferno!
Aliás, o inferno não é bem um lugar, o inferno são os outros!
São os humanos, não confunda com um tubarão!

Baby, irei cuidar dos seus anseios,
Mas perderá a confiança em todos, pois lhe mostrarei a verdade;
Todos mentem! Eu, você e todos na escala de pronomes pessoais e de tratamento!
Não há quem não minta ou que nunca mentiu!
Somos todos como esperma, começamos como espermatozódes!
Somos uma partícula bem pequena na imensidão do universidade;

Irei te amar e cuidar de você sem pedir nada em troca,
Até o dia em que irei receber tua traição...

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